Sistemas Alimentares dos Povos Tradicionais de Matriz Africana: soberania e segurança alimentar e nutricional em interface com a saúde coletiva
Comprometida com a Promoção da Saúde e a Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional dos Povos e Comunidades Tradicionais, a Fiocruz – em parceria com o Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSANPOTMA) – lança o Caderno de Experiências em Pesquisa “Sistemas Alimentares dos Povos de Matriz Africana”.
Trata-se de um tema que faz parte da Agenda de Saúde e Agroecologia da Fiocruz e traz o reconhecimento da vulnerabilização histórica da população negra no Brasil em consequência ao racismo estruturado em nossa sociedade.
A partir das memórias e tradições vividas por muitas gerações de Povos Tradicionais de Matriz Africana nos territórios, a pesquisa permitiu caracterizar o sistema alimentar desses povos destacando, inclusive, aspectos que potencializam ou impedem a soberania alimentar.
Um dos trechos conclusivos da publicação diz: “Se inicialmente não tínhamos subsídios para assegurar a existência ou não de sistema(s) alimentar(es) dos povos tradicionais de matriz africana, agora concluímos que há um sistema alimentar dos povos tradicionais de matriz africana no Brasil. Sistema esse pautado em princípios civilizatórios dos povos tradicionais de matriz africana, como oralidade, circularidade, ancestralidade, territorialidade”. As contribuições são muitas e transitam em campos como práticas agrícolas; preservação do meio ambiente; diversidade cultural e resiliência comunitária, que culminam na construção de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis. Assim comida, saúde, ancestralidade, soberania e segurança alimentar e nutricional, territórios e sistemas alimentares se entrelaçam para a construção coletiva da saúde e da luta pela dignidade e preservação da cultura africana no Brasil.
Clique aqui e leia na íntegra uma das publicações do projeto de pesquisa “CADERNO DE EXPERIÊNCIA DE PESQUISA EM SISTEMAS ALIMENTARES DOS POVOS TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA: SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM INTERFACE COM A SAÚDE COLETIVA”